Património militar
Estremoz é bastante rico em património militar a partir da atribuição do seu primeiro foral em 1258. Sem vestígios arqueológicos que provem o contrário, a vila terá nascido da necessidade de efetuar um assentamento militar rápido, estando toda a primeira cintura medieval muralhada terminada em 1261.
Mais tarde, no século XVII, teve igualmente um papel fundamental como praça de armas e armazém de guerra do Alentejo no auxílio às primeiras linhas de fortificação (Elvas, Juromenha, Campo Maior, etc.) contra a sempre premente invasão castelhana durante as Guerras da Restauração.
Assento Real
Edificado em 1740, o Assento Real foi projectado pelo Marquês de Tancos, segundo Túlio Espanca, e inicialmente concebido para Armazém de Fardas do Exército da Província do Alentejo. Também serviu para Padaria Militar, chegando a cozer 40 000 pães por dia para todo o exército alentejano.
Atalaia da Frandina
Atalaia provém da língua árabe (at-talai’a, do plural de talaia: “lugar onde se exerce vigilância; sentinela”) e caracteriza-se por ser uma torre (quadrangular, circular, piramidal, etc.) que pode ter várias funções, nomeadamente de controlo do território e comunicação entre atalaias e/ou castelos, como é provavelmente o caso da Atalaia da Frandina.
Castelo de Veiros
Desconhece-se a data de construção do castelo de Veiros, sabendo-se apenas que a sua torre de menagem foi começada em 1308, no reinado de D. Dinis (r. 1279-1325), por ordem do então mestre da Ordem de Avis, D. Lourenço Afonso. O mestre-de-obras foi o pedreiro Pero Abrolho, conforme está inscrito na lápide comemorativa que estaria embutida sobre a porta de entrada da Torre de Menagem (esta destruída completamente por ordem de D. João de Áustria em 1662), a qual se encontra agora sobre um pequeno muro.
Castelo e Cerca Medieval de Evoramonte
A cerca medieval de Evoramonte foi mandada construir em 1306, no reinado de D. Dinis (r. 1279-1325). O perímetro amuralhado forma um triângulo isósceles cujo lado maior segue a linha NE-SO. Mantém ainda as suas quatro portas principais e um postigo: a porta do Freixo, com arco gótico sem impostas e protegida por dois torreões cilíndricos, está orientada a Sul e tem uma inscrição que corresponde ao início da construção da cerca; a porta do Sol, muito semelhante à anterior, está orientada a Oeste; a porta de São Brás está orientada no sentido da ermida com o mesmo nome e ainda mantém as suas munhoneiras (encaixes para o eixo de um canhão, também designados por munhões); a porta de São Sebastião tem acesso directo por estrada à ermida do mesmo orago, sendo que aquela denota influências quatrocentistas ou quinhentistas.
Conjunto Monumental da Alcáçova de Estremoz - Castelo de Estremoz
No centro da vila medieval surge a Torre de Menagem, uma das mais bem conservadas do país. Com cerca de 27 metros de altura, tem planta quadrangular e é coroada com merlões em forma piramidal. Típica da arquitectura militar portuguesa de finais do século XIII e inícios do século XIV, é o que resta da alcáçova primitiva, juntamente com o edifício trecentista dos Paços do Concelho. No segundo piso existe uma bela sala octogonal com colunas de capitéis de motivos animalistas e antropomórficos.
Conjunto Monumental da Alcáçova de Estremoz - Cerca Medieval - Porta da Frandina
A cerca medieval de Estremoz é mandada construir pelo rei D. Afonso III (r. 1245-1279) em 1261 e melhorada pelos seus sucessores, principalmente pelo seu filho D. Dinis (r. 1279-1325). Tem duas portas principais opostas (eixo E-O): a Porta do Sol ou da Frandina e a Porta de Santarém.
Conjunto Monumental da Alcáçova de Estremoz - Cerca Medieval - Porta de Santarém
A cerca medieval de Estremoz é mandada construir pelo rei D. Afonso III (r. 1245-1279) em 1261 e melhorada pelos seus sucessores, principalmente pelo seu filho D. Dinis (r. 1279-1325). Tem duas portas principais opostas (eixo E-O): a Porta do Sol ou da Frandina e a Porta de Santarém.
Conjunto Monumental da Alcáçova de Estremoz - Torres da Couraça
A couraça, cuja função é defensiva, é um elemento de arquitectura militar trazido pela civilização muçulmana no século XII e adaptado pelos cristãos às suas construções militares. É um caminho muralhado que parte da cerca urbana e se estende até junto de um ponto permanente de água, protegido por torres. Este sistema permitia um acesso mais seguro à água potável em caso de cerco prolongado.
Fortificação Abaluartada de Estremoz - Porta de Évora
Nas Guerras da Restauração houve uma necessidade óbvia de defender o Reino da ofensiva espanhola, especialmente em vilas e cidades de fronteira.
Fortificação Abaluartada de Estremoz - Porta de Santa Catarina
Nas Guerras da Restauração houve uma necessidade óbvia de defender o Reino da ofensiva espanhola, especialmente em vilas e cidades de fronteira.
Fortificação Abaluartada de Estremoz - Porta de Santo António
Nas Guerras da Restauração houve uma necessidade óbvia de defender o Reino da ofensiva espanhola, especialmente em vilas e cidades de fronteira.
Fortificação Abaluartada de Estremoz - Porta dos Currais
Nas Guerras da Restauração houve uma necessidade óbvia de defender o Reino da ofensiva espanhola, especialmente em vilas e cidades de fronteira.
Padrão da Batalha do Ameixial
Este padrão, comemorativo da Batalha do Ameixial, foi originalmente erguido na Estrada do Cano, tendo sido para aqui mudado aquando do arranjo da Estrada Nacional 245, entre finais do século XIX e inícios do século XX.
Paiol de Santa Bárbara
Construído entre 1736 e 1739, foi delineado por Carlos Andreis, futuro sargento-mor de engenharia, e substituiu o antigo paiol situado na alcáçova que explodiu em 1698.
Terreiro da Batalha do Ameixial
"Juntamente com Elvas e Montes Claros, o campo de batalha do Ameixial, 5 km a oeste de Estremoz, foi um dos palcos principais das refregas da Guerra da Restauração. O nome da povoação, conhecida a partir deste momento por Santa Vitória do Ameixial, testemunha a grande e fundamental vitória portuguesa diante das tropas espanholas. No ano de 1663, as tropas inimigas, comandadas por D. João de Áustria, simularam o interesse em sitiar Vila Viçosa, enquanto se dirigiam de facto para Estremoz e daí para Évora. A cidade rendeu-se a 22 de Maio, ficando mais perto a conquista da própria capital.