Ir para o conteúdo
  • Pesquisar
  • Contactos
  • Acessibilidade

Património Megalítico

O Megalitismo no concelho de Estremoz
 
O termo megalitismo provém do grego Mega (Grande) e Lithos (Pedra), e é a primeira grande manifestação de um espaço funerário demarcado. Um fenómeno que se destaca não só pela diversidade tipológica das suas construções (antas, cistas, sepulturas, tholoi de alvenaria, aproveitamento de grutas naturais), mas também pelo espólio a elas associado.
É um fenómeno cultural que conheceu uma distribuição transcontinental, abrangendo uma vasta área do continente europeu e da bacia do mediterrâneo. As datações mais antigas apontam o seu início para o 6.º milénio a.C. mas teve o apogeu no 3.º milénio, inserido no denominado processo de Neolitização, na passagem das sociedades de economia recolectora e nómada para uma economia produtora e sedentária. 
Caracteriza-se essencialmente pela utilização de estruturas tumulares para enterramento individual ou coletivo, recorrendo ao uso de blocos pétreos de média e grande dimensão. O megalitismo engloba não só as estruturas mas também as práticas mágico-religiosas a ele associadas. 
 
Os monumentos megalíticos em Estremoz distribuem-se por quase todo o concelho, destacando-se, no entanto, os dois núcleos mais importantes, situados na freguesia da Glória (zona da antiga freguesia do Canal – zona norte da Serra d’Ossa) e em São Bento do Cortiço e Santo Estêvão. Existem ainda outros exemplos, como é o caso das antas denominadas de Venda do Duque (Évora Monte), classificada como Monumento Nacional e Nossa Senhora da Conceição dos Olivais (União das Freguesias de Estremoz) que se localiza nas imediações de uma capela.
Estão inventariados até ao momento 43 monumentos megalíticos em todo o concelho, sendo apenas possível localizar 29 monumentos. O conjunto em causa está em vias de classificação no âmbito do procedimento de classificação do Megalitismo Alentejano, desencadeado pela DGPC.
 
O conjunto Megalítico da Serra D’Ossa
 
O conjunto megalítico da Serra D’Ossa enquadra-se no período do Neolítico Final e Calcolítico, registando uma diversidade arquitetónica, desde os pequenos sepulcros sem corredor ou com corredor pequeno, passando pelos sepulcros de corredor de média/grande dimensão (como Casas do Canal 1, Entre Águas), caracterizando-se por monumentos de xisto. 
O núcleo das Casas do Canal encontra-se disposto ao longo da Ribeira do Canal e é composto pelas Antas 1 a 6 das Casas do Canal, Entre Águas, Cotovieira (ou Foro do Ferreiro) e Figueira.
A este núcleo associam-se os núcleos secundários compostos pelas Antas 1 do Montinho e pelas Antas 1 e 3 de Palhas – sepulcros com características arquitetónicas semelhantes àquelas registadas no núcleo das Casas do Canal.
 
As primeiras referências a estes monumentos surgem praticamente desde meados do século XIX, contudo o primeiro “reconhecimento científico” dá-se apenas nas décadas de 30-40 do séc.XX com os trabalhos de Manuel Heleno, então diretor do Museu Nacional de Arqueologia/MNA (1930-1966). Apesar de não haver qualquer publicação sobre estes monumentos, não tendo aqui, aparentemente, realizado quaisquer trabalhos de escavação, o acesso aos Cadernos de Campo de Manuel Heleno permite-nos, conhecer na íntegra todos os monumentos registados durante os seus trabalhos.
A importância do Megalitismo de Estremoz é concretizada com os trabalhos do casal George e Vera Leisner nas propriedades da Casa de Bragança, contribuindo para a sua localização e descrição de vários monumentos megalíticos, até então, inéditos. 
 
 

Tipo de monumento: Anta 
Coordenadas: 38°45'29.75"N  7°35'45.58"W
Freguesia: Glória
Período: Neo-Calcolítico
Descrição: Apenas a câmara está à vista. Compõe-se de nove esteios sobrepostos uns aos outros, todos já muito descaídos para dentro. O corredor, conservado em todo o seu comprimento de 3,20m, é formado por sete esteios, e só apareceu na escavação, estando todos os esteios partidos no topo.
Desvia-se um pouco da direção do eixo longitudinal da câmara. No extremo, uma pedra posta de través indica a porta da sepultura. Não há restos da mamoa. O casal Leisner referem-na como "situada na serra a Sudoeste da ribeira do canal, numa paisagem pitoresca e arborizada, junto do caminho que vai do Monte das Casas à casa do Foro, 100m a Oeste 30º Norte desta última (...) A escavação não deu qualquer resultado". Relocalizado em 2002 (Rocha 2002, relat. 2003: 39).
Dimensões: Altura atual: 1m; diâmetro da câmara: 1,70 x 2,70m; comprimento do corredor: 3,20m
Acesso: 100m Este, 30' N do Foro da Cerca.
Classificação: Em Vias de Classificação (Homologado como MN - Monumento Nacional)

Tipo de monumento: Anta
Coordenadas: 38°46'9.29"N  7°36'4.82"W
Freguesia: Glória
Período: Neo-Calcolítico
Descrição: A Anta da Figueira localiza-se em terreno aplanado, na margem da Ribeira do Castelo, nas proximidades do Monte da Azenha. Apenas são visíveis os esteios (muito fragmentados) da câmara funerária, no interior da qual cresceu a figueira (que dá a designação a este monumento megalítico). 
Acesso: Estradão
Classificação: Em Vias de Classificação (Homologado como MN - Monumento Nacional)

Tipo de monumento: Anta
Coordenadas: 38°46'17.84"N   7°36'22.70"W
Freguesia: Glória
Período: Neo-Calcolítico
Descrição: Situado à sombra de azinheiras seculares, no declive da colina encimada pelo Monte das Casas, do qual dista 300m. Fica na margem sul da ribeira do Canal, perto de uma fonte. É um dólmen de corredor com câmara poligonal, levemente alongada, composta de 7 esteios, dos quais falta a cabeceira. Os esteios estão quase a prumo e conserva-se a pedra de cobertura que deslizou e está inclinada no interior da câmara. Na parte superior está crivada de covinhas artificiais. Diante da entrada da câmara conserva-se a laje da porta e do lado Norte do corredor jaz uma grande laje que constituiu, sem dúvida, parte da sua cobertura. Outra laje dentro do corredor estava, provavelmente, sobranceira à porta da câmara. Devido ao declive bastante abrupto do terreno, há poucos restos da mamoa. Corresponde igualmente à Anta da Fonte dos Taraus (Canal) de M. Heleno (1934 Set.: Cad. 2 cit in Rocha, 2005: 272, 273),designada pelo casal Leisner Casas do Canal 1 (Leisner, 1955: 5-9, Est. II-VI, IX, X, XII, XV; 1956: 100, Est. 66 - n.º 1; 1959: 154-155, Est. 33 - n.º 1, Est. 73 - n.º 2, Est. 95 - n.º 1). De acordo com a intervenção dos Leiner em 1953 "A câmara estava, até ao chão primitivo e ainda até uma profundidade maior, cheia de terra barrenta, proveniente da mamoa, e completamente remexida, provavelmente já várias vezes. Não se achou senão a metade de uma faca de sílex, um fragmento de uma pedra de aviar e vários cacos, alguns deles modernos, outros de atribuição moderna. Na parte exterior do corredor também não se encontrou nada. Apareceram junto ao esteio da parede sul os restos de um grande pote de fundo quase plano. Na limpeza cuidadosa deste sector apareceram fragmentos de um vaso campaniforme."
Acesso: 300m N, 10' W do Monte das Casas do Canal na estrada Estremoz-Redondo.
Espólio: Fragmentos de um artefacto estreito de xisto metamórfico, de corte retangular, levemente côncavo numa das faces, provavelmente por ter servido de pedra de afiar instrumentos metálicos; metade de uma faca de sílex, de cor cinzenta; faca de sílex translúcido, cor de âmbar; grande taça baixa, de fundo levemente arredondado, colo estrangulado, bordo saliente e côncavo, com incisões executadas em sulcos contínuos; restos de vaso campaniforme; grande pote de fundo levemente convexo e parede um pouco abaulada; fragmento de vaso esférico; 3 fragmentos de um alguidar; fragmento de vaso cinzento.
Depositários: Museu do Palácio Ducal de Vila Viçosa
Classificação: Em Vias de Classificação (Homologado como MN - Monumento Nacional)

Tipo de monumento: Anta
Coordenadas: 38°46'33.97"N  7°36'23.26"W
Freguesia: Glória
Período: Neo-Calcolítico
Descrição: Restos de um grande dólmen de corredor, do qual apenas se conservam cinco esteios, em parte partidos no topo, de uma câmara de polígono alongado, formada, primitivamente, por seis ou sete esteios. A cabeceira, de 2,40m de altura, a partir do chão atual, está bastante inclinada para o lado exterior. O corredor e a mamoa desapareceram por completo. A medida da câmara E/W é 3,50m e a N/S, 3,20m. Corresponde à Anta da Foro das Passadeiras de M. Heleno (Heleno, 1934 Set.: Cad. 2 cit in Rocha, 2005: 272, 273) tendo sido intervencionada em 1952 pelos Leisner que referem: "uma anta visível da Anta das Casas do canal 1 e também da estrada. Fica numa colina na margem norte da ribeira do Canal, em campo raso, 200m a Nor-Nordeste da casa do Foro da Passadeira (...) escavado numa profundidade de 0,50m, o espaço sepulcral encontrava-se cheio de terra igual à do terreno adjacente, misturada com pedras. Nada se achou.".
Acesso: 200m NE da Passadeira, 480m N do monumento Casas do Canal 1.
Classificação: Em Vias de Classificação (Homologado como MN - Monumento Nacional)

Tipo de monumento: Anta 
Coordenadas: 38°46'28.78"N  7°36'58.31"W
Freguesia: Glória
Período: Neo-Calcolítico
Descrição: Dólmen de corredor curto. A câmara, um polígono alongado de 7 esteios, conserva 6 esteios, cuja altura máxima do chão atual é de 1,40m. A cabeceira, reforçada do lado exterior por mais duas pedras empinadas, tem a particularidade de ser perfurada, a meia altura, por um buraco bicónico de 3cm de diâmetro. Ignora-se se pertence à época de construção da anta. Do corredor só se conserva uma pedra, a prumo, de 0,70m de altura. A mamoa está destruída. Corresponde à Anta da Várzea do Cuco de M. Heleno (Heleno, 1934 Set.: Cad. 2 cit in Rocha, 2005: 272) e identificada como Anta 3 da Herdade das Casas do Canal (do Foro do Cuco) pelos Leisner que na intervenção de 1952 referem-na como "situada a Oeste da estrada nova, na margem sul da ribeira do canal, 200m a Oeste, 15º Sul da casa do Foro do Cuco, no declive bastante abrupto duma colina. Encontrámos tanto a câmara e o corredor, completamente esvaziados do seu recheio primitivo; estão hoje cheios de blocos de pedra e terra solta." Em trabalhos de prospeção arqueológica no âmbito do protocolo IPPC/PORTUCEL na área da Serra d'Ossa, em 1992, verificou-se que o monumento encontra-se exatamente no mesmo estado de conservação em que estava em 1953 (Arnaud et al, 1993: n.º 3, Fig. 1, Fot. 6, 7).
Acesso: 200m a W e 15 graus a sul de Cuco.
Classificação: Em Vias de Classificação (Homologado como MN - Monumento Nacional)

Tipo de monumento: Anta
Coordenadas: 38°45'53.56"N  7°37'5.10"W
Freguesia: Glória
Período: Neo-Calcolítico
Descrição: Em relação ao levantamento de 1953 feito pelos Leisner, falta um esteio da câmara e um do corredor, embora este último possa corresponder a uma laje tombada a cerca de 3m do local. A mamoa, de que ainda restam vestígios, foi ligeiramente cortada na face Sudoeste pelas máquinas que abriram um caminho junto ao monumento na altura da plantação de eucaliptos. Este monumento encontrava-se já em 1953 violado, tendo esta violação ocorrido diretamente na câmara, por meio da escavação de uma vala através da mamoa em direcção a um dos esteios, que atualmente se encontra tombado. Esta vala foi posteriormente entulhada com pedras, muito provavelmente provenientes da couraça da mamoa. Conforme a intervenção dos Leisner o monumento estaria "aproximadamente a 200m acima do Monte das Casas, sai do lado oeste da estrada nova, um caminho em direcção ao Monte da Água Santa, passando ao Norte da freguesia e da sua igreja. Percorrido um quilómetro e meio neste caminho, vê-se cerca de 200m a sul, ao alto, a anta, cujas pedras baixas pouco se fazem notar.A sua construção é igual à da anta das Entre Águas: tem uma câmara de polígono regular, constituída por sete esteios e um corredor bastante comprido, do qual hoje se conservam sete pedras, num comprimento de 3,50m.Há restos de mamoa. Todo o monumento está completamente escavado até uma profundidade que excede a primitiva". Em 1992 na prospeção arqueológica no âmbito do protocolo IPPAR/Portucel referido ter sido "feito o registo fotográfico, desenhos da planta e alçados à escala 1/20, a topografia da mamoa e confirmada a orientação de Este 10º Sul". Não é clara a origem da designação de "Alto do Seixo", referida primeiramente por Rocha (2002, relat. 2003: 26).
Acesso: A 250m Sul do Monte de Água Santa.
Classificação: Em Vias de Classificação (Homologado como MN - Monumento Nacional)

 

Tipo de monumento: Anta 
Coordenadas: 38°45'53.56"N  7°37'5.10"W
Freguesia: Glória
Período: Neo-Calcolítico
Descrição: Monumento megalítico designado como Casas do Canal 6 ou Herdade da Corticeira. Da sua estrutura funerária conserva um esteio da câmara, na altura primitiva de 2,20m, e mais dois, cortados à flor do terreno. O chão atual do interior da anta é formado por camadas rochosas, o que impede a escavação do monumento. Não apresenta restos de corredor, nem da mamoa. Em 1992 na prospeção arqueológica no âmbito do protocolo IPPAR/Portucel referido que "tendo-se procedido à decapagem de cerca de 5cm de terras junto do esteio Norte, de forma a colocá-lo à vista e proceder ao desenho da planta. Fez-se o registo fotográfico, o desenho da planta e de um alçado (restam apenas 3 esteios, dois dos quais cortados à face do terreno).Não houve alterações do estado do monumento desde 1953." (Arnaud et al, 1993: n.º 6, Fig. 1, Fot. 13, 14).
Acesso: A 150m a Norte do Monte da Corticeira.
Classificação: Em Vias de Classificação (Homologado como MN - Monumento Nacional)

 

Tipo de monumento: Anta 
Coordenadas: 38°45'40.89"N  7°36'21.26"W
Freguesia: Glória
Período: Neo-Calcolítico
Descrição: Anta pouco visível, porquanto os 4 esteios conservados apenas sobressaem 20-50 cm acima do terreno. Era um monumento grande, com uma câmara de 3m de diâmetro. Não conserva restos do corredor e da mamoa. Corresponde igualmente à Portela da Talisca de M. Heleno (Heleno, 1934 Set.: Cad. 2 cit in Rocha, 2005: 272.) A intervenção dos Leisner em 1952 refere que "o espaço da câmara não continha senão terra igual à do terreno adjacente, sem vestígios da cultura megalítica" e em 1992 na prospeção arqueológica no âmbito do protocolo IPPAR/Portucel referido que "a florestação neste local se aproximou demasiado do monumento, não tendo sido prevista uma área de protecção convenientemente em seu redor, o que seria necessário efectuar.Aqui, houve necessidade de fazer uma ligeira decapagem de 5cm de espessura para pôr em evidência um dos esteios que se encontrava enterrado.Foi feito o registo fotográfico, desenhada a planta e um perfil.Foram detectadas pequenas incorrecções no desenho dos Leisner e confirmada a orientação (possível) de Este 10º Sul.Embora seja referido naquele trabalho que não foram detectados vestígios de cultura megalítica neste monumento, foram agora recolhidos três fragmentos de cerâmica modelada manualmente a cerca de três metros daquele, em terras revolvidas pelo alargamento do aceiro que se encontra junto." (Arnaud et al, 1993: n.º 5, Fig. 3, Fot. 11, 1).
Acesso: Seguindo das Casas do Canal, pela estrada, em direção à serra, pouco depois de ter passado o Monte da Fazenda.
Classificação: Em Vias de Classificação (Homologado como MN - Monumento Nacional)

Tipo de monumento: Anta
Coordenadas: 38°45'56.76"N  7°34'38.51"W 
Freguesia: Glória
Período: Neo-Calcolítico
Descrição: Monumento composto por uma câmara de seis esteios, que formam um polígono regular de 2,40m de diâmetro, faltando-lhe apenas um esteio da entrada. Na parede norte do corredor, hoje de 2.20m de comprimento, estão ainda 2 esteios, mais um caído; no lado sul, onde o terreno descai, arrancaram-se os esteios. Altura do corredor: 0,85m.Restos de mamoa conservados. Referido pelos Leisner em 1952 como "anta visível de longe, fica em campo raso na encosta da Serra que se eleva a Nordeste do vale da ribeira do Canal, cerca de 600m a Leste do Monte das Palhas (...) A escavação iniciou-se no corredor, tirando a terra no lado dos esteios arrancados, onde não se encontrou nada. Logo, porém, aproximando-nos da entrada da câmara, apareceram, a pouca profundidade, cinco machados e vários fragmentos de cerâmica. Dois machados estavam junto do primeiro esteio da parede norte do corredor, outro no local do esteio arrancado da câmara e mais dois na própria entrada. Por cima do machado cilíndrico havia restos de um pequeno vaso esférico. Prosseguindo para dentro da câmara os achados escassearam. Havia fragmentos cerâmicos em diferentes lugares, em parte pertencentes ao mesmo vaso. Apenas o vaso nº7, que se encontrou um pouco acima do chão da anta, com o fundo virado para cima, estava inteiro, embora já com fendas. Perto da cabeceira apareceu o fragmento de uma taça baixa, de fundo convexo e um fragmento de grande prato". Relocalizado em 2002 (Rocha 2002, relat. 2003: 37-38).Também conhecida pelo topónimo Vale do Milho.
Acesso: 600m Este do monte das Palhas.
Espólio: Machado-enxó; 1 enxó, 1 machado cilíndrico, 1 cunha, fragmento de uma placa de xisto com os bordos trabalhados, uma das faces desfolhada; fragmento de artefacto de xisto arredondado; pequeno vaso esférico castanho-avermelhado; pequeno vaso de fundo esférico cinzento e castanho; pequeno vaso de fundo quase plano vermelho-acinzentado; fragmento de uma taça chata cinzento-avermelhada.
Depositários: Museu Nacional de Arqueologia e Museu do Palácio Ducal de Vila Viçosa
Classificação: Em Vias de Classificação (Homologado como MN - Monumento Nacional)

Tipo de monumento: Anta
Coordenadas:  38°47'7.46"N   7°37'52.17"W
Freguesia: Glória
Período: Neo-Calcolítico
Descrição: O dólmen da Herdade das Entre Aguas ou Entreáguas é um monumento megalítico de corredor comprido. A câmara, de polígono regular, é composta por 7 esteios de largura igual, cuidadosamente postos quase a prumo, sem sobreposição nas esquinas. Altura do chão primitivo: 2,50m. Na entrada da câmara jaz a laje que estava sobranceira à porta. O corredor, 4,40m de comprimento, 1m de largura, conserva 4 esteios de cada lado, mais um caído na entrada. Desnível entre a câmara e o corredor: 1,40m. No lado exterior do corredor há, caída no terreno, uma laje com covinhas na superfície. Conservam-se restos da mamoa; à distância de 13m da entrada do corredor há uma pedra firme que podia indicar a sua orla.
Acesso: A 700m a Oeste do Monte das Entre Águas, na margem sul da ribeira do Canal, em terreno elevado que desce a Leste.
Espólio: Fragmento de um vaso de fundo levemente esférico e corpo baixo, barro e superfície de cor vermelho-claro, no interior acinzentado; fragmento de bordo espesso de um vaso globular de cor vermelho-acastanhado claro; fragmento de pequeno vaso de polimento lustroso; fragmento de vaso finíssimo de cor vermelho-vivo no exterior.
Depositários: Museu Nacional de Arqueologia e Museu do Palácio Ducal de Vila Viçosa
Classificação: Em Vias de Classificação (Homologado como MN - Monumento Nacional)

 

Tipo de monumento: Anta

Coordenadas: 38°47'25.39"N 7°38'15.12"W

Freguesia: Glória

Período: Neo-Calcolítico

Descrição: Câmara com 2 esteios in situ, partidos pela base. Junto encontram-se mais dois esteios. Não há qualquer vestígio de corredor e a mamoa está muito destruída. Nota-se um aglomerado de pedras. Intervencionada pelos Leisner em 1952/1953. Coordenadas conforme Leonor Rocha (2002, relat. 2003: 31).

Acesso: 500m N do Foro do Ferreiro.

Classificação: Em Vias de Classificação (Homologado como MN - Monumento Nacional)

 

Tipo de monumento: Anta
Coordenadas: 38°47'28.85"N  7°35'12.40"W 
Freguesia: Glória
Período: Neo-Calcolítico
Descrição: Monumento megalítico designado por Herdade do Montinho 1 ou Anta do Montinho, localiza-se na horta do Monte do Montinho, 100m a Oeste do monte e a 50m da casa da horta. De câmara poligonal, primitivamente composta por sete esteios, falta a cabeceira. Os esteios, cuja altura do chão primitivo deve ter sido aproximadamente de 2m, estão em parte muito inclinados para dentro por causa de ter a câmara sido recentemente escavada numa profundidade que muito excede a primitiva. Os esteios do lado sul foram deslocados por antigos trabalhos de máquinas. A cerca de 4m detetou-se uma pequena elevação que poderá ser a mamoa de uma segunda Anta referenciada pelo caseiro da propriedade, ou outro tipo de monumento funerário. Sepulcro escavado pelo casal Leisner (1955: 17; 1959: 158, Est. 33 - n.º 11, Est. 95 - n.º 10). Em 1990 na prospeção arqueológica no âmbito do protocolo IPPAR/Portucel referido que "o monumento apresenta ter cerca de 2,20m por 2,20m notando-se ainda vestígios de metade da mamoa. Os esteios do lado sul foram deslocados pelas máquinas. A cerca de 4m deteta-se uma pequena elevação, que poderá ser a mamoa da 2ª anta referenciada pelo Sr. Francisco". 
Acesso: 50m Sul da Casa da Horta, 100m W do Monte do Montinho.
Classificação: Em Vias de Classificação (Homologado como MN - Monumento Nacional)