Ciclo "Aqui na Terra" - Filme "Chuva é cantoria na aldeia dos mortos"

Na próxima sessão do ciclo AQUI NA TERRA, a decorrer no dia 17 de junho, pelas 15:00 horas, no Centro de Ciência Viva de Estremoz, atravessamos o oceano para observar a Terra Indígena Krahô, na floresta amazónica, através de um retrato sensível, entre o documentário e a ficção, feito em colaboração com a comunidade filmada, que relata de forma cuidadosa as subtilezas das questões indígenas, sociais e políticas, no Brasil contemporâneo.

O filme venceu, entre outros, o Prémio especial do júri na secção Un Certain Regard do Festival de Cannes 2019.

CHUVA É CANTORIA NA ALDEIA DOS MORTOS

de João Salaviza e Renée Nader Messora

Esta noite, os espíritos e as cobras ainda não apareceram. A floresta ao redor da aldeia está calma. Ihjãc, quinze anos, tem pesadelos desde que perdeu o pai. Ele é um índio Krahô, do Norte do Brasil. Ihjãc avança na escuridão com o corpo suado. Uma voz distante ecoa por entre as palmeiras. A voz do pai chama-o, junto à cascata: chegou o momento de preparar a sua festa de fim de luto para que o espírito possa partir para a aldeia dos mortos.

Rejeitando o seu dever e para escapar do processo de se transformar em xamã, Ihjãc foge para a cidade de Itacajá. Longe do seu povo e da sua cultura, vai enfrentar a realidade de ser um indígena no Brasil contemporâneo.

AQUI NA TERRA, em colaboração com o Centro Ciência Viva de Estremoz, uma iniciativa inserida na (A)MOSTRA DE CINEMA PORTUGUÊS 2023, com produção SEM TERMO Filmes.

#VIVEstremoz

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