Município de Estremoz volta a homenagear Joaquim Vermelho

Na passagem do 10º aniversário da morte de Joaquim Vermelho, a Câmara Municipal de Estremoz, através do Museu Municipal, vai realizar um conjunto de atividades que visam recordar esta personalidade impar da cultura estremocense.

Assim, a 23 de setembro, pelas 16:00 horas, será descerrada uma placa comemorativa no Museu Municipal de Estremoz e, na Galeria D. Dinis, será reposta (em novos moldes) a exposição biográfica "Joaquim Vermelho, uma vida em Estremoz", a qual foi já apresentada a 8 de março de 2003.

 

É dada continuidade aos eventos a 30 de setembro, na Sala de Exposições do Centro Cultural Dr. José Lourenço Marques Crespo, espaço onde será prestada homenagem a Joaquim Vermelho pelos artistas plásticos amadores do concelho, que assim fazem um agradecimento coletivo póstumo a esta personalidade.

 

Já a 11 de março, deste mesmo ano, os artesãos locais, na Galeria Municipal D. Dinis, se uniram numa exposição coletiva, com o mesmo propósito comemorativo.

 

Com estas ações e com as atividades educativas que serão levadas a efeito com a comunidade escolar até ao final do ano, pretendemos dar a conhecer a visitantes e aos estremocenses, o exemplo de cidadania ativa, em prol da cultura e de Estremoz, que foi Joaquim Vermelho. 

 

Resumo biográfico:

Joaquim Vermelho nasce em Estremoz a 1 de Março de 1927.

Com 14 anos já escrevia crónicas literárias e poesia para o “Brados do Alentejo”.

Durante a década de 50 trabalha para diversos periódicos, entre os quais o “Jornal de Notícias”, o jornal “A Planície” e o “Jornal de Estremoz”, desenvolvendo também nesta altura uma grande atividade com a criação do Cineclube de Estremoz.

Ainda nesta década toma por profissão a de Professor de Trabalhos Manuais do ensino básico.

No ano de 1968 é chamado pela autarquia para trabalhar na Biblioteca. Porém, pouco tempo esteve ao serviço da CME, pois em 1970 fica como Professor efetivo na Escola de Ponte de Sôr.

A partir dos anos 70, inicia uma atividade cultural intensa na Biblioteca e no Museu Municipal.

Com o Núcleo de Dinamização Cultural e a CME, trabalha com a Missão da UNESCO e o seu conselheiro Dr. Per-Uno Ägren, de 1977 a 1980. Este encontro é da maior importância já que o conselheiro reconhece a qualidade de Joaquim Vermelho, ao propor o Museu de Estremoz como Museu piloto no seu projeto de revitalização/reorientação destas instituições em Portugal.

Em 1982 a Câmara Municipal de Estremoz atribui-lhe  um Louvor.

No ano posterior é inaugurada a Galeria de Desenho. Joaquim Vermelho, Rogério Ribeiro, Armando Alves, José Aurélio, Barros de Carvalho e Pedro Borges, foram os seus principais impulsionadores.

Em 1986, com quase 60 anos, reforma-se do ensino.

No ano de 1990 publicam-lhe a obra “Os Barros de Estremoz”, num projeto de Armando Alves. Em 1991 é homenageado por um vasto conjunto de estremocenses.

No ano seguinte volta para o ensino, desta feita para dar aulas num curso de Museologia da Escola Profissional da Região Alentejo.

Em Agosto de 2002, por motivos de saúde, demite-se do seu cargo de Diretor do Museu. Como reconhecimento pelo seu trabalho, a autarquia atribui-lhe mais um Louvor a 21 de Agosto de 2002. Faleceu um mês depois.

A 8 de Março de 2003 a Câmara Municipal de Estremoz presta-lhe uma homenagem póstuma, organizando o Museu um vasto conjunto de eventos ligados à obra de Joaquim Vermelho. Nesse dia o seu nome é atribuído oficialmente ao Museu Municipal.

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