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União das Freguesias de São Lourenço de Mamporcão e São Bento de Ana Loura

Área (km2) - 43,53
População (Abril 2016) - 449
Densidade populacional(hab/km2) - 12,83
Distância mais curta à sede do concelho (km) - 7km
Orago - S. Lourenço / S. Romão / S. Bento

Contactos:
Largo 1º de Maio nº4, 7100-652 S. Lourenço de Mamporcão, Estremoz
Tel: 268 919 135
Email: freguesiaslmamporcao@gmail.com

 

 

 

A União de Freguesias de São Lourenço de Mamporcão e São Bento de Ana Loura, localizada a nordeste da sede da concelhia, confina com as freguesias congéneres de Veiros, São Bento do Cortiço, São Domingos de Ana Loura e Santa Maria.

Composição dos órgãos autárquicos

Junta de Freguesia

  • Presidente: Sérgio da Graça Marina Carvalho (PS)
  • Tesoureiro e Representante Legal do Presidente: João Luis Xarepe Cunha (PS)
  • Secretária: Maria da Piedade Peixe Ameixa Antunes (PS)

 

Ordenação e Heráldica

O brasão é composto por :

  • Um escudo de ouro;
  • Cinco landes de vermelho com casculhos e folhas do mesmo;
  • Em chefe Cruz da Ordem de Avis ao centro;
  • Coroa mural de prata de três torres;
  • Listel branco, com a legenda a negro ”S. LOURENÇO DE MAMPORCÃO” 

Instituído no dia 21 de fevereiro de 2002

 

A Bandeira:

  • De vermelho, cordões e borlas de ouro e vermelho;
  • Haste e lança de louro;

  • Associação de Caçadores de S. Lourenço , Largo 1º de Maio nº 25-A, 7100-652 S. Lourenço de Mamporcão
  • Associação S. Lourenço Jovem, Rua das Pedras nº 13 7100-666 S. Lourenço de Mamporcão
  • Associação dos Amigos da Terceira Idade de S. Lourenço, Largo da Padaria, 7100-000 S. Lourenço de Mamporcão

  • Polidesportivo – Rua General Humberto Delgado
  • Edifício da Junta, Sala de convívio - Largo 1º de Maio nº 4, 7100-652 S. Lourenço de Mamporcão
  • Planeta Urano à escala do Concelho de Estremoz - Rua General Humberto Delgado
  • Parque Lúdico Sénior - Rua General Humberto Delgado

  • Festa em honra de São Lourenço – Último fim-de-semana de julho.
  • Festa em honra de São Romão – Sete semanas depois da Páscoa.
  • Santos Populares – 1.º fim de semana de julho

A freguesia de São Lourenço de Mamporcão, localizada a nordeste da sede da concelhia, confina com as freguesias congéneres de Veiros, São Bento do Cortiço, São Bento de Ana Loura, São Domingos de Ana Loura e Santa Maria.

Ocupando uma área de aproximadamente 23 quilómetros quadrados, estende-se pelas povoações de Aldeia dos Mestres, Chouriça, Monte Branco, Barrocas, Igreja, Ratões e Tibérios.
 
Encontrando-se referenciada nas Memórias Paroquiais de 1758 também o jornal Brados do Alentejo de 6 de setembro de 1964, acerca de São Lourenço de Mãoporcão”, refere-se o seguinte, numa clara alusão ao pulsar das gentes desta terra: “ A meia dúzia de quilómetros de Estremoz, saindo ás portas de Santa Catarina, deparamos coma brancura de São Lourenço de Mão-Pelo-Cão, num pequeno corcovado de terreno. Mais de trezentos fogos, onde vivem para cima de duzentas famílias, contando-se os homens por cerca de seiscentos e as mulheres em numero sensivelmente igual.

Além do agregado populacional, que constitui já uma aldeia, que aproveita a vizinhança da sede do concelho, na freguesia outros lugarejos importantes se destacam a Aldeia dos Mestres e as Herdades da Chouriça, Monte Branco, Barrroca, Estrada, Igreja, Ratãoes  e Tibérios. 
 
Na composição restante da freguesia contam-se , por cerca de uma centena, as restante herdades mais importantes;  as hortas, á volta de uma dúzia. As courelas atingem três centenas e os olivais são em número reduzido.
 
Como as restantes freguesias, é o campo, a terra, a principal ocupação do homem. Nas grandes e pequenas lavouras, às ordens dos patrões ou ao seu próprio serviço, ele emprega as suas energias e vive o seu tempo dia após dia. Naturalmente, bondoso, como todo o rural daqui.
 
No aglomerado principal, ele mostra-se, no entanto, já preocupado, talvez por benefício da luz elétrica e do telefone, com manifestações recreativas que ultrapassam as habituais bailaradas aldeãs. Assim, já aqui se verificou a existência de um Centro de Alegria no Trabalho de um rancho que quando da sua apresentação, alguma contribuição séria trouxe para a divulgação das nossas danças e cantares. 
 
Outras pequenas festas aqui têm tido lugar que nos falam de uma gente cujo isolamento do mundo já não é completo. A Casa do povo e a Escola algo de útil poderão ajudar no lançamento duma semente que irá encontrar já decerto modo preparado o meio de defesa dos costumes e tradições locais.
 
Entre a sua gente, há pessoas de iniciativa, há artistas mesmo, que poderão, deverão ser aproveitados no movimento que ajude a desenvolver a cultura popular, numa valorização cada vez maior da freguesia. Duas ermidas – a de São Lourenço e a de São Romão – humildes e brancas como todas. Dois lugares de fé. Que ela não falte também, nem poderia faltar na alma e coração da sua gente, e que são motivos ainda para as festas anuais votivas ou romarias, onde o povo dança e canta, dizendo-nos num orgulho, onde há muita altiva, para que o saibamos. “Nós somos de São Lourenço. Para lá de Mão-Por-Cão...”
 
Efetivamente desde a sua fundação, esta Freguesia sempre viveu dos frutos dos seus rendimentos, essencialmente rurais, pelo que, durante muitos anos, sobreviveu à sombra das grandes cidades vizinhas, inserida no adormecido interior alentejano. Felizmente, a partir da revolução de Abril de 1974, novas fronteiras se abriram e, com o trabalho voluntário criaram-se diversas infraestruturas que satisfazerem as necessidades da população. Assim, foi possível a construção dos Balneários Públicos ( na época, poucas pessoas possuíam casa de banho nas suas habitações) e de um Posto Médico, para assegurar a deslocação de médicos à província. Contando com um sistema de esgotos, rede de abastecimento de água, lavadouro público, asfaltamento de diversas ruas da freguesia, arranjos urbanísticos, vários edifícios de apoio à infância e terceira idade e estruturas propicias para a prática de atividades desportivas, culturais e de lazer.

São Lourenço de Mamporcão conseguiu até à década de 90, sair do anonimato e reclamar para si a justiça de um desenvolvimento equilibrado, contribuindo para um melhoramento efetivo da qualidade de vida dos habitantes desta freguesia.
 
São pessoas como estas que conseguem fazer a diferença, visto que, a nível económico sente-se ainda um grande abismo em termos de oportunidades de progresso entre o Litoral e o Interior.
 
Em busca de melhores condições de vida, durante a década de 70, alguns dos habitantes deslocaram-se até à grande Lisboa. Porém, como não esquecem a terra natal, visitam-na todos os anos e, quando regressam definitivamente, investem em diversificadas áreas da freguesia.
 
Número de residentes: Cerca de 558 habitantes. 
 
Número de recenseados: cerca de 488 eleitores
 
Setores Económicos: Dadas as raízes rurais da Freguesia, não admira que o setor primário detenha ainda uma importante parcela no âmbito do desenvolvimento económico local, nomeadamente nas áreas de agricultura, da olivicultura, da exploração da cortiça, pecuária; possui uma fábrica de enchidos tradicionais, de transformação de cortiça e uma oficina de reparação de máquinas agrícolas.
 
Desporto Cultura e Lazer: Preocupados com o desenvolvimento integral do local esta Freguesia dota-se de alguns meios, como um polidesportivo descoberto com iluminação, propicio para a pratica de atividades como ginástica, dança, futebol de 5, folclore e espetáculos musicais; o Salão Polivalente da Junta de Freguesia, com utilidade no apoio à Terceira Idade e à infância ; o Outeiro da Cabeça, onde se situa um marco geodésico e de onde se deslumbra uma bela panorâmica sobre toda a região; e a Reserva de Caça Associativa.

Ao longo dos tempos, as populações foram-se organizando em associações e coletividades, perseguindo finalidades e objetivos bastantes diversificados, sempre visando elevar a sua cultura e o seu bem-estar social. São disso exemplo a Associação de Amigos da Terceira Idade, Associação de Caçadores, Associação São Lourenço Jovem.
 
Ação Social: Não descurando esta importante área de ação, esta Freguesia tem, ao dispor dos seus habitantes, um Centro de Dia, um Jardim de Infância, um Posto Médico, e uma Escola Primária.
 
As pessoas de São Lourenço de Mamporcão chamam-se Laurentinos.
 
 

Lenda do Orago São Lourenço

Era o principal dos diáconos de Roma e, entre outras funções, administrava os bens da Igreja e distribuía entre os pobres as esmolas colhidas entre os fiéis. Durante a perseguição de Valeriano, os pagãos exigiram que revelasse onde estava escondido o tesouro dos cristãos. O Santo prometeu fazê-lo e compareceu diante das autoridades levando consigo um grande número de viúvas, órfãos, doentes e desamparados dizendo que aquele era o tesouro da Igreja. Colocado vivo sobre uma grelha em brasa, morreu assado lentamente. Foi um dos santos mais celebrados em Roma. Seu nome passou a ser diariamente lembrado no Cânon da Santa Missa.

Lenda de São Lourenço (popular)

Reza a lenda que num dia frio numa planície alentejana rodeada de longos campos de seara e de arvoredos verdes, uma deslumbrante paisagem natural observou algo que não estava habituada a ver, algo que era demasiado cruel para os olhos da gente daquela terra.

Lourenço era um jovem soldado do exército romano, humilde, bondoso e com muita fé, tudo o que conseguia doava para ajudar aqueles que mais o necessitavam, contentava-se com pouco, ajudar os outros era uma das suas principais prioridades.

Naquele dia Lourenço andava mais uma vez na sua caminhada a fazer pelo bem dos outros quando o seu caminho foi interrompido, havia naquela terra gente que não gostava dele, que não acreditava em fé, que não podia ouvir falar de catolicismo. Foi essa mesma gente que nesse dia o ameaçou, agarrou, e levou forçosamente para perto de uma fogueira.

E sem dó nem piedade, Lourenço foi atirado lá para dentro, colocado numa grelha, com objetivo de porem fim à sua vida, fazendo com que este jovem de bom coração morresse assado e queimado como se algum pecado houvesse cometido; mas assim não aconteceu, todos aqueles pobres, todas aquelas famílias que ele ajudara gritaram, muitas lágrimas deitaram, mas principalmente rezaram, e desse modo Lourenço conseguiu salvar-se. Como o objetivo falhou  decidiram deita-lo pelo ribeiro abaixo, os cães correram na sua direção; Lourenço fraco e cansado foi mordido por um cão, numa das suas mãos, na aldeia de Mamporcão; cada vez mais fraco e banhado pelas águas do ribeiro, encontrou um pedaço de terra firme e conseguiu retirar-se daquela corrente que o guiava, sem saber onde se encontrava, encontrou rapidamente gente que tinha ido em seu auxílio. Lourenço já recuperado voltou a lutar pela sobrevivência dos mais pobres, e em sua gratidão foi construída uma igreja, todos tinham por ele enorme admiração, ele havia sido como uma salvação, e em sua homenagem, chamaram àquele pedaço de terra, São Lourenço de Mamporcão.

Lenda de Mão-pelo-Cão

Há uma lenda muito antiga acerca de uma povoação que fica a uns três quilómetros da cidade de Estremoz. Conta-se que dois vizinhos andavam zangados um com o outro. Um deles tinha um cão muito grande e o outro tinha um rebanho de ovelhas. Certo dia o cão foi ao rebanho e comeu um borrego. O dono do rebanho viu-o, correu com um pau e matou o cão. Passado algum tempo, o dono do cão soube que o vizinho lhe tinha morto o cão, foi com um machado e cortou uma mão ao dono do rebanho.

 O homem que ficou sem a mão foi dizendo:

 - “Dei a mão pelo cão”.

 Assim aquela povoação ficou conhecida por, Mão-pelo-cão  e com o andar dos tempos ficou com o nome de Mãoporcão, ou Mão-pelo-cão..

Nestas terras há uma tradição cultural muito forte, tem-se muitos bons poetas populares que sem qualquer esforço conseguem dizer umas décimas ao desafio, também há uma forte tradição no teatro amador e das marchas carnavalescas.

  • Igreja Paroquial
  • Ermida de São Romão
  • Moinho da Baixa da Fonte
  • Igreja de São Bento
  • Castro do Castelo Velho
  • Igreja de Santo Antão (Ruínas)