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Convento de São Francisco (Igreja com o túmulo de Vasco Esteves Gatus - IIN)

Já existia na década de 1270, sabendo-se que em 1272 a sua custódia pertencia a Lisboa, passando apenas para a de Évora em 1330, ano em que esta foi criada. Existe também um documento interessante de 1277 que refere um litígio entre estes e os freires da Ordem de Avis durante a construção do convento. Há ainda uma referência cronística do século XIV que indica a sua existência em Estremoz na década de 1230 mas que não está comprovada por outras fontes.

O interior tem planta rectangular, três naves e cinco tramos. A verticalidade gótica faz prova da sua fundação medieval, sendo que os elementos decorativos desta época são de feição naturalista, zoomórficos e antropomórficos. Do período barroco é a Árvore de Jessé, do reinado de D. João IV (r. 1640-1656). Foi paga pela Irmandade de Nossa Senhora do Rosário em 1652. Este raro retábulo em talha dourada corresponde a um dos três belos exemplares que ainda existem em Portugal.

Nesta igreja estão sepultadas algumas figuras ilustres da História Portuguesa, como sejam D. Fradique de Portugal; Vasco Pereira, irmão de D. Nuno Álvares Pereira, morto à traição no castelo de Vila Viçosa; o desembargador do paço António Henriques da Silveira. Segundo a crónica de Fernão Lopes, em Estremoz morreu também o rei D. Pedro I (r. 1357-1367), julgando-se que terá perecido concretamente neste convento.

Em relação ao Túmulo trecentista de Vasco Esteves de Gatuz, é um óptimo exemplar da segunda metade do século XIV. Feito em mármore da região, tem no topo uma figura masculina deitada que representa o escudeiro. Lateralmente há vários motivos zoomórficos e antropomórficos, correspondentes ao imaginário da época. De grande interesse são também as cenas de falcoaria aqui representadas.

Atualmente é sede do quartel militar do Exército do Regimento de Cavalaria 3 (Dragões de Olivença).

Horário: Todos os dias, das 14h00 às 19h00