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Celeiro Comum de Evoramonte

Este imóvel situa-se na Rua de Santa Maria. Depois de ter sido uma casa de habitação arrendada pela Junta de Freguesia de Evoramonte, e depois de ter sido um espaço onde trabalhava uma tecelã, é agora uma loja de produtos regionais, a única presente na zona.

Possui fachada pobre, destacando-se apenas a portada do século XVII/XVIII de ombreiras rectas, feita em mármore da região e a inscrição que tem no seu lintel – CELEIROS DO COMU.

O Celeiro Comum foi fundado a 21 de Janeiro de 1642, por alvará de D. João IV, a pedido dos evoramontenses, apoiados pelo Corregedor da Comarca de Vila Viçosa, à qual estavam agregados desde 1599, data em que a Comarca de Estremoz foi unida à de Évora e parte desta desmembrada para a recém formada Comarca de Vila Viçosa. A administração e posse do […] edifício como a instituição Celeiro Comum eram propriedade da Casa [de Bragança], nomeando estes os seus administradores.

A função do Celeiro era a de proteger os lavradores, mormente os que tinham culturas cerealíferas (trigo, centeio e cevada) contra danos que minassem a sua actividade agrícola, emprestando a crédito os seus cereais […]. Os lucros e os excedentes de cereais revertiam a favor do município ou da Comarca.

Em 1743 sofreu obras avultadas, dado que estava em mau estado de conservação. […]

Em 1908, estando muito provavelmente esta instituição em decadência e com muito poucas reservas de cereais, um grupo amador local de Teatro decide aí construir um palco para actuar para os seus conterrâneos.

Esta instituição dos Celeiros Comuns foi extinta por alvará passado a 31 de Julho de 1915, tendo os fundos aí acumulados revertido para a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Evoramonte.